O fortalecimento da rede de assistência básica ao idoso em Sinop tem se refletido positivamente junto ao Ministério Público. Essa é a avaliação da assistente Social do MP, Angélica Aparecida Valentin, uma das palestrantes da 3ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, realizada na última sexta-feira (22), no Clube dos Idosos Dom Henrique e que contou com a participação de 278 pessoas, incluindo representantes e idosos do município de Cláudia.
Angélica explica que o fortalecimento do idoso quanto pessoa de direito e o atendimento na rede básica (nos Centros de Referência de Assistência Social – CRAS – e Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS), tem diminuído a demanda de casos junto ao MP. “Nós trabalhamos com o fortalecimento da rede de atendimento. Quanto mais a rede estiver fortalecida, menos demanda chega ao Ministério Público. E as demandas que chegam são também por meio dessas redes de atendimento. O próprio Município tem feito um bom trabalho de acolhimento e fortalecimento desses idosos”, acrescenta.
As principais demandas envolvem situação de abandono, violência em diversas esferas (física, moral, patrimonial) entre outros casos. “O idoso também pode acessar o MP pela Ouvidoria, por meio do número 127, pelo Disque 100 e pelos próprios idosos procurando diretamente o Ministério”, complementa Angélica.
A Conferência abordou discussões em torno da seguridade social, o fluxo de atendimento ao idoso no Ministério Público de Sinop; o envelhecimento em seus aspectos físicos, psicológicos e sociais e as políticas públicas de previdência e assistência social ao idoso. “É essencial discutirmos as políticas públicas para o idoso com os mesmos presentes e envolvidos. Temos vários profissionais que trabalham diretamente, no dia a dia, no atendimento a esse público na base da assistência por meio dos CRAS e CREAS”, acrescenta o secretário municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação, Ademir Bortoli.
Maria Aparecida, de 68 anos, frequenta o CRAS Palmeiras já há seis anos. “Me sinto acolhida. Sempre participo de eventos como esse que são muito importantes para melhorar a nossa qualidade de vida. Temos uma turma também bastante divertida, frequentamos o Clube dos Idosos, que sempre nos oferece atividades de lazer e momentos de confraternização”, afirma Maria.
A coordenadora da Casa de Conselhos, Mara Cristiane Meyer, reforça que as propostas geradas durante a Conferência serão encaminhadas ao Conselho Estadual, no qual serão defendidas por dez delegados, também eleitos durante o evento. “Da esfera estadual, essas propostas podem seguir para o Conselho Federal”, complementa Mara.
A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, Marilda Assenção, reforça que existem diversos canais de comunicação entre o idoso e o Município. “Temos também o Disque 100, no qual podem ser feitas denúncias por qualquer cidadão. Os CRAS e o CREAS são outros canais diretos e bastante procurados pelos idosos e familiares. Temos ainda o próprio Conselho e o Ministério Público, que também integra essa rede”, informa Marilda.
Este ano, a cidade de Cláudia realizou sua Conferência junto com Sinop. Do município vizinho participaram 25 idosos. “Mais uma oportunidade de trocar experiências. Além disso, os clubes das cidades já realizam confraternizações durante todo o ano. A Conferência é um momento de discutir esses temas juntos e a expectativa é de que os apontamentos resultem em ações que realmente sejam postas em prática”, inclui a secretária municipal de Assistência Social, de Cláudia, Monica Fátima Deprá.
Presidente da Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia, Desporto e Assistência Social, a vereadora Branca, representando a Câmara Municipal, destaca que o órgão também é um canal em que o idoso pode procurar por mais informações e também defender seus direitos. “A vida tem se estendido e precisamos discutir as formas de como gerar mais qualidade de vida para a população acima dos 60 anos de idade, trabalhando as demandas, levando informações e fazendo com que as leis que os amparam sejam respeitadas”, finaliza a vereadora.