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AGO
01
01 AGO 2025
MEIO AMBIENTE
SECRETARIAS
Prefeitura de Sinop orienta sobre período de proibição às queimadas urbanas e rurais
Foto Noticia Principal Grande
Ana Clara Del Bel
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A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Sinop intensificou, a partir de hoje (1º), as ações de conscientização sobre o período proibitivo de queimadas em Mato Grosso. O anúncio foi feito nesta manhã pelo secretário Klayton Gonçalves, durante coletiva de imprensa realizada na área de preservação ambiental da Praça das Bandeiras, no Centro.

“Estamos reunidos aqui — a Prefeitura e diversos órgãos, incluindo as forças de segurança — para alertar a população de que estamos entrando em um período emergencial, crítico, no que se refere às queimadas. Em poucos dias, já tivemos inúmeras ocorrências que, em geral, geram muito trabalho ao Corpo de Bombeiros, à Polícia Ambiental, enfim, à Prefeitura Municipal e a todos os envolvidos nesse combate. Muitas vezes, essas ocorrências acontecem por causa de situações anteriores, como a falta de limpeza de terrenos ou o uso inadequado do fogo”, comentou Klayton.

Uma das primeiras áreas onde houve foco de incêndio em reserva urbana foi justamente na Praça das Bandeiras. Klayton destacou que Sinop possui muitas áreas ambientais e de preservação, importantes para a convivência da população e para a qualidade de vida, que exigem cuidado redobrado dos usuários para evitar o uso indevido do fogo.

“Agora, com a umidade relativa do ar em queda e a sensação térmica aumentando, a respiração se torna mais difícil. Temos, dentro da área do nosso município, vários pontos — como bosques e áreas de preservação — que contribuem para a qualidade do ar. Mas, por outro lado, também representam risco. Sabemos que esses locais acumulam folhas secas, que fazem parte de um processo natural de compostagem e devem ser preservadas. Porém, se a população não colaborar, corremos o risco de transformar isso em uma situação que pode gerar problemas respiratórios e aumentar os riscos para os moradores do entorno”, explicou.

O decreto nº 1403/2025, do Governo de Mato Grosso, estabelece o período proibitivo de queimadas para a mesorregião norte — que inclui Sinop — até o mês de novembro. “Existe um decreto estadual que trata dessa situação emergencial das queimadas, e temos também uma lei municipal que permite a aplicação de multas aos responsáveis por incêndios. Por isso, pedimos à população que tenha cuidado: não coloque fogo em folhas nem pratique ações que possam prejudicar a saúde, a vida e o meio ambiente”, ressaltou o secretário.

O comandante do 4º Batalhão do Corpo de Bombeiros de Sinop, major Lucas Brito, destacou que, somente nos últimos 15 dias de julho, a unidade registrou 35 atendimentos a ocorrências de incêndios ambientais — o que representa a metade de todas as ocorrências registradas no ano.

“O Corpo de Bombeiros de Sinop já recebeu 77 ocorrências de incêndio em vegetação. Isso é um alerta grave. Percebemos que esses atendimentos não acontecem de forma gradual. Eles ocorrem de forma concentrada em determinadas épocas do ano e, como o secretário Klayton Gonçalves pontuou, a maioria acontece dentro da área urbana”, complementou.

Fiscalização

Para garantir a efetividade da legislação vigente neste período, a fiscalização e a aplicação de multas serão realizadas não apenas pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Sinop, mas também pela Polícia Militar Ambiental e pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

O tenente-coronel da PM Ambiental, Costa Silva, destacou que a corporação é responsável por 26 municípios da região norte. No entanto, por estar sediada em Sinop, a unidade dará atenção especial à área urbana do município, atuando em conjunto com outras forças de segurança e fiscalização.

“A Polícia Militar Ambiental trabalhará, neste período de queimadas, em conjunto com as forças policiais — tanto estaduais quanto municipais, como a Guarda Civil Municipal — e com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, no que se refere à fiscalização das queimadas, sobretudo no perímetro urbano, especialmente em Sinop”, afirmou.

Gabriel Conter, diretor regional da Sema em Sinop, destacou que, além dos cuidados naturais exigidos neste período, é importante que os proprietários rurais estejam atentos às mudanças na legislação. Eles devem adotar medidas preventivas para evitar possíveis focos de incêndio em suas propriedades, sob pena de serem responsabilizados.

“A Sema, assim como o Batalhão Ambiental e o Batalhão de Emergências Ambientais, tem a atribuição da fiscalização. O artigo 58-C do decreto nº 6514 foi alterado. Ele estabelece que os proprietários rurais que não adotarem medidas para evitar que incêndios atinjam suas propriedades — como a construção de aceiros ou a capacitação de seus funcionários para atendimento a emergências envolvendo fogo — podem ser autuados. Com o apoio do Corpo de Bombeiros, uma vez comprovado o nexo de causalidade, o órgão atuará na responsabilização e multa dos responsáveis pelo incêndio”, explicou.

Saúde

Jorge Bevilaqua, diretor de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde de Sinop, destaca que o período de estiagem que o estado de Mato Grosso atravessa é característico e histórico. Devido à baixa umidade, os problemas respiratórios — principalmente em pessoas vulneráveis, como crianças, idosos e gestantes — tornam-se mais frequentes e podem se agravar. A estiagem, associada à fumaça, intensifica ainda mais esses problemas, prejudicando uma cadeia ainda maior de grupos de pacientes.

“Nosso clima já contribui muito para a disseminação dos problemas respiratórios. A poeira em si, devido à nossa localização e ao período de estiagem, já nos prejudica. Quando associada à fumaça, temos um agravamento das doenças pulmonares obstrutivas crônicas. Há irritação nos olhos, garganta e nariz. Doenças pré-existentes, como bronquite, asma e doenças cardíacas, também se agravam. Tudo isso, somado à poeira e à fumaça, lota a nossa UPA, nossas unidades de saúde, sobrecarregando o sistema e gerando um gasto que poderia ser evitado”, comentou.

Bevilaqua recomenda que, em caso de aumento da quantidade de fumaça e poeira, a população — especialmente os grupos vulneráveis — tome alguns cuidados para preservar a saúde.

“É importante ressaltar que as gestantes estão entre os principais grupos afetados pela fumaça, pois ela prejudica a respiração. Então, caso a fumaça aumente, por descuido ou falta de consciência de alguns, orientamos o uso de máscaras faciais, como as utilizadas durante a pandemia, para diminuir os riscos de doenças pulmonares e o agravamento de condições pré-existentes. Evite sair para praticar atividades físicas ao ar livre nos horários em que a fumaça estiver mais concentrada”, finalizou.
 
Fonte: Assessoria de Comunicação
Autor: Roneir Corrêa