A Prefeitura de Sinop, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, realiza, no próximo sábado (27), a campanha de combate à hanseníase. A previsão é de que moradores de dez bairros da região do São Francisco sejam aten…
A Prefeitura de Sinop, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, realiza, no próximo sábado (27), a campanha de combate à hanseníase. A previsão é de que moradores de dez bairros da região do São Francisco sejam atendidos. Os atendimentos terão início às 13h e seguem até as 17h, na UBS São Francisco, localizada na avenida São Francisco, quadra 13. Serão atendidos pacientes com suspeita de hanseníase dos bairros Sebastião de Matos, Sabrina, Menino Jesus, América I, Alto da Glória, Bom Jardim, Buritis, Panambi, Moriá e São Francisco. De acordo com a coordenadora do Centro de Referencia de Hanseníase e Tuberculose, Maria Auxiliadora de Freitas Souza, pacientes que suspeitarem que tenham hanseníase ou contatos com familiares, já em tratamento, deverão passar pelo atendimento. “O maior foco é para melhorar os índices e prevenir sequelas posteriores. São diagnósticos precoces”. Além da campanha de combate à doença, as Unidades Básicas de Saúde do município fazem a identificação dos casos e encaminham os pacientes para Centro de Referência. Em 2016, foram registradas 329 ocorrências da doença. Deste total, 282 foram novas ocorrências e 47 reincidentes, reingressos e transferências de outros municípios. No ano, 2.797 pacientes foram atendidos pelo serviço. Em 2017, até o mês de abril, foram atendidos no Centro de Referência, 995 pacientes. O número de casos novos da hanseníase chega a 134 registros. Sobre a Hanseníase É uma doença crônica, infectocontagiosa, causada por um bacilo capaz de infectar grande número de indivíduos (alta infectividade), embora poucos adoeçam (baixa patogenicidade). É uma das doenças mais antigas que se tem registro na história. Essas propriedades não ocorrem em função apenas das características intrínsecas do agente etiológico, mas dependem, sobretudo, da relação com o hospedeiro e o grau de endemicidade do meio, entre outros aspectos. Mesmo caracterizando-se pelo seu alto poder incapacitante, motivo histórico de estigma e exclusão, a doença tem tratamento e cura. Por isso, a estratégia para redução da carga de hanseníase baseia-se, essencialmente, na busca ativa de casos novos para a detecção precoce, prevenindo as incapacidades decorrentes do diagnóstico tardio, e na cura dos casos diagnosticados.