Ir para o conteúdo

Prefeitura Municipal de Sinop - MT e os cookies: nosso site usa cookies para melhorar a sua experiência de navegação. Ao continuar você concorda com a nossa Política de Cookies e Privacidade.
ACEITAR
PERSONALIZAR
Política de Cookies e Privacidade
Personalize as suas preferências de cookies.

Clique aqui e consulte nossas políticas.
Cookies necessários
Cookies de estatísticas
SALVAR
Siga-nos
Notícias
MAR
28
28 MAR 2019
Projeto “Olhos que Falam” abre programação com palestra na EMEB Uilibaldo
receba notícias
Com um público atento, curioso e participativo, representantes do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), de Sinop, iniciaram, nesta quinta-feira (28), as ações de prevenção e combate ao abuso e explora&cced…
Com um público atento, curioso e participativo, representantes do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), de Sinop, iniciaram, nesta quinta-feira (28), as ações de prevenção e combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes por meio do projeto “Olhos que falam”, com palestra na Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Uilibaldo Vieira Gobbo, para alunos do 3º e 4º anos. Depois de serem conscientizados, os pequenos puderam retratar por meio do Concurso de Desenhos - que integra o projeto - o que compreendem ou o que, para eles, representa esse tipo de violação de seus direitos. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil registrou, entre os anos de 2011 e 2017, um aumento de 83% nas notificações gerais de violências sexuais contra crianças e adolescentes. No período foram notificados 184.524 casos de violência sexual, sendo 58.037 (31,5%) contra crianças e 83.068 (45,0%) contra adolescentes. A coordenadora do CREAS, Tatiana Meyer, informa que em Sinop, semanalmente, são registrados no departamento uma média de quatro casos de violência sexual praticada contra crianças e adolescentes. “Muitas vezes a criança vive essa realidade e não sabe que está sendo vítima. Por isso a relevância de se abordar o assunto, explicar e orientar esse público de uma maneira direta, clara, porém sutil sobre as formas de violência e como ela pode ocorrer e que existem canais e órgãos para defendê-los”, explica. A maioria das ocorrências de abuso sexual contra crianças e adolescentes tem origem dentro de casa e os agressores são pessoas do convívio da vítima, geralmente familiares, que praticam a violência mais de uma vez. A vulnerabilidade dos mais jovens chama a atenção. O maior número de casos de violência sexual tem como vítimas crianças com idade entre 1 e 5 anos (51,2%). Já entre os adolescentes, a violação atinge mais jovens entre 10 e 14 (67,8%), segundo dados do Ministério da Saúde. A coordenadora da EMEB Uilibaldo Vieira Gobbo, Eliane de Chaves, defende que a orientação preventiva é a principal ferramenta no combate a este tipo de violência e que o tema deve ser discutido amplamente no ambiente escolar, que é considerado pelo aluno o segundo lugar mais confiável. “Orientados eles vão saber se defender e colocar para um adulto a situação que podem estar vivenciando. Esse tipo de esclarecimento dentro da escola faz com que eles [crianças/adolescentes] sintam mais segurança quando tiverem que expor algo que estejam vivendo em casa. Aqui [escola] é um local onde devem se sentir abraçados e acolhidos”, analisa Eliane. O sexo feminino responde pela maioria das vítimas de violência sexual no país. Entre as crianças o índice fica em 74,2%. Esse número aumenta ainda mais no caso das adolescentes, respondendo por 92,4% dos registros. O estudo demonstra que os homens continuam sendo os principais autores deste tipo de violência. A Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente estima que, a cada 24 horas, 320 crianças e adolescentes são vítimas de abuso sexual no Brasil. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) preconiza que é obrigatória a comunicação de qualquer tipo de violência contra crianças e adolescentes ao órgão. Em Sinop, o Conselho participa ativamente das ações do projeto “Olhos que Falam”. A conselheira tutelar, Helena Bortoletti Veras, ressalta que, em muitos casos, a vítima é manipulada pelo agressor, que se utiliza de artifícios para fazer com que ela acredite que aquela situação de abuso e violência é normal. “O agressor usa ferramentas como, por exemplo, um vídeo ou outro instrumento para induzir, principalmente a criança, para que ela entenda que aquilo não é errado. Por isso é de extrema importância que alguém demonstre o que é errado, o que é violento, para que se essa criança passe por algo nesse sentido, tenha consciência de que o que está acontecendo não é normal e nem correto, e possa procurar ajuda”, complementa a conselheira tutelar. Concurso Os desenhos confeccionados pelos alunos serão expostos no dia 17 de maio, durante ação no Clube do Idoso Dom Henrique. Será realizada premiação para os três primeiros colocados. O desenho vencedor será utilizado como símbolo da Campanha do próximo ano, a exemplo do que foi feito na edição de 2018. Todas as ações do projeto são alusivas à data de 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data foi escolhida porque em 18 de maio de 1973, na cidade de Vitória (ES), um crime bárbaro, que chocou o país, ficou conhecido como o “Caso Araceli”. Esse era o nome de uma menina de apenas oito anos de idade, que teve todos os seus direitos humanos violados, foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta daquela cidade. O crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje está impune. Cronograma palestras As próximas palestras serão realizadas nas EMEB’s Maria Aparecido Amaro de Souza (04/04), Leni Terezinha Benedetti (11/04) e Silvana (18/04), para alunos do 3º e 4º anos, a partir das 08h. Parceiros O projeto “Olhos que Falam” é realizado pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação, por meio do CREAS, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, Conselho Tutelar, órgãos do sistema de garantia de Direitos das Crianças e Adolescentes, sociedade civil e setor privado (Inpasa).
Autor: Suzana Machado/Assessoria da Prefeitura