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ABR
27
27 ABR 2009
Entidade e Ação Social formam parceria para atender moradores de rua
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Dormir em pedaços de papelão ao relento, comer quando alguém faz uma doação ou revirar os lixos da cidade. Essa é a rotina de cerca de 60 moradores de rua de Sinop. Muitos adotaram a Praça Plínio Callegaro, no centro,…
Dormir em pedaços de papelão ao relento, comer quando alguém faz uma doação ou revirar os lixos da cidade. Essa é a rotina de cerca de 60 moradores de rua de Sinop. Muitos adotaram a Praça Plínio Callegaro, no centro, como moradia. Para tentar dar uma vida mais digna a esses cidadãos, a Secretaria de Assistência Social firmou uma parceria com a casa espírita Maria de Nazaré. Na primeira abordagem foram atendidas 20 pessoas. “Não podemos obrigar ninguém a sair das ruas, já que existe o direito de ir e vir, mas perguntamos sobre a vida delas, se querem mudar de situação, se precisam de tratamento de dependência química ou alcoólica, se querem voltar para o convívio da família, e depois damos encaminhamento para atender as necessidades.”, disse Carlene Sodré, assistente social. Todo trabalho é realizado com acompanhamento de um psicólogo. Das 20 pessoas atendidas no primeiro contato, quatro pediram e foram encaminhadas para as cidades de origem, outras passarão por tratamento e receberão ajuda para voltar ao mercado de trabalho. Entre as pessoas que hoje vivem nas ruas, existem casos de transtornos mentais, dependência química e alcoólica, depressão entre outros. Um caso que chama a atenção é do jovem Márcio*(nome fictício), de 27 anos. Ele trabalhava como motorista de ônibus em Joinville, Santa Catarina, conheceu uma moradora de Sinop pela internet e se apaixonou. Pediu demissão e veio para Sinop. No caminho ficou sem dinheiro, fez boa parte do trajeto a pé ou pegando carona. Márcio* chegou a Sinop sem dinheiro e maltrapilho. Nessa situação não teve coragem de se revelar à pretendente. Há dois anos ele vive com ajuda da casa Maria de Nazaré, se entregou a bebida e resiste à idéia de buscar ajuda junto à família. Apesar das dificuldades que enfrentam por morar nas ruas da cidade, muitos preferem essa “vida”. “Eu tenho filhos no Paraná, trabalhava lá de vendedora de tapetes, mais hoje prefiro morar aqui na praça”, conta Sônia Pereira, de 33 anos. Sônia esta grávida, e mesmo com a proposta de ter um lugar para morar, de poder fazer um tratamento de alcoolismo e cursos de qualificação para voltar a trabalhar, ela se recusa a melhorar de vida. “A falta de estrutura familiar, o rompimento desses laços de afeto, muitas vezes, fazem com que a pessoa prefira viver nas ruas, ela perde o amor próprio, perdi o sentido da vida, e fica sujeito a violência, a dependências químicas, excluído da sociedade”, explica o psicólogo Leandro Teixeira relata que alguns se queixam da falta de oportunidade de trabalho, mais muitos gostam desse estilo de vida por se sentirem livres, sem obrigações, sem compromissos. A Casa Maria de Nazaré sobrevive de doações e tem realizado um trabalho importante junto aos moradores de rua. “Procuramos abrigo para eles, oferecemos alimentação e orientação para que adotem uma nova postura de vida”, declara Wlademir Mustafá, voluntário da entidade.
Autor: Adriana Hartwig