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Representantes dos moradores da Gleba Mercedes assinaram no último domingo (19), um termo aditivo ao Protocolo Municipal de Prevenção e Combate ao Fogo em Sinop. Com essa adesão, as famílias se comprometeram a não praticar queimadas na região. “Vamos trabalhar para regularizar a questão ambiental. As queimadas causam a destruição ambiental, danos a saúde e também afetam diretamente a sobrevivência e qualidade de vida dessas famílias que hoje enfrentam dificuldades para conseguir empréstimos e recursos por causa dos embargos ambientais”, disse Rogério Rodrigues, secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Com uma área de aproximadamente 38 mil hectares, a Gleba Mercedes é moradia e fonte de sustento para cerca de 500 famílias. A maioria dos pequenos agricultores adotou as queimadas como forma mais barata de desmatar áreas para formação de lavouras e pastagem. “Com essa parceria os moradores aqui da Gleba terão apoio e serão fiscalizados para não fazer queimadas, porque a queimada só enfraquece o solo, e quando começa em um lugar só pára quando chega no rio, destruindo tudo”, explicou Waldemar Vieira, presidente da Associação dos Pequenos Produtores Rurais da Agrovila. Para auxiliar no combate as queimadas os moradores vão formar uma Brigada de Incêndio. “Vamos treinar a equipe para combater o fogo e, em casos de maior proporção eles vão nos acionar. Também vamos atuar na educação e prevenção com palestras e trabalhos orientativos”, destacou Major Hector, comandante do 4º Batalhão de Bombeiros Militar. O próximo passo é o trabalho para viabilizar equipamentos para a brigada da Gleba. Outra novidade é o apoio da Defesa Civil, que vai implantar a base área em Sinop a partir da próxima semana com três aviões que vão atuar no combate as queimadas na região. Atualmente a Gleba possui 22% de floresta, 18% de juquira, 21% de pastagem e 39% de solo exposto. Nesse total, 9% são Áreas de Preservação Permanente foram degradadas. Além da prevenção e combate as queimadas, a parceria vai dar inicio a outras ações como a recuperação de nascentes, de áreas degrada e reflorestamento na região. As queimadas de áreas florestais são a 2ª maior fonte de emissões de gases do efeito estufa de acordo com a ong ambiental Global Canopy Programme.