Está sendo realizada nesta quinta-feira (8), no auditório da Universidade do Estado do Mato Grosso (Unemat) a 1ª Conferencia Regional de Saúde Mental. O evento é uma organização conjunta da Secretaria de Saúde e do Polo Region…
Está sendo realizada nesta quinta-feira (8), no auditório da Universidade do Estado do Mato Grosso (Unemat) a 1ª Conferencia Regional de Saúde Mental. O evento é uma organização conjunta da Secretaria de Saúde e do Polo Regional de Saúde. Segundo os organizadores aproximadamente 300 pessoas participam do encontro que tem como tema “Saúde Mental direito e compromisso de todos: consolidar avanços e enfrentar desafios”. O encontro reúne pacientes, familiares, gestores, estudantes, profissionais e prestadores de serviços da área de saúde mental de 14 cidades: Claudia, Feliz natal, Ipiranga do Norte, Itanhangá, Lucas do rio Verde, Nova Ubiratã, Nova Mutum, Santa Carmem, Santa Rita do Trivelato, Sinop, Sorriso, Tapurah, União do Sul e Vera. Os trabalhos foram divididos em três eixos temáticos, o Eixo 1 aborda a saúde mental e políticas de Estado: pactuar caminhos inter-setoriais; o Eixo 2 trata sobre a consolidação da rede de atenção psicossocial, visando fortalecer os movimentos sociais, já o Eixo 3 debate direitos humanos e cidadania como desafio ético e inter-setorial. De acordo com o secretário de Saúde Alberto Kinoshita, debates como esse são fundamentais. “Quem sofre com doenças mentais sofre ainda mais com o estigma de louco dado pela sociedade. A pior doença ainda é o preconceito, a falta de orientação, de treinamento e de informações para quem é vítima de transtornos mentais e para a sociedade”, apontou. Vladimir Andrade é usuário do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Sinop há oito anos. Ele conta que sofreu com doenças como a síndrome do pânico, anorexia e depressão aguda. “Encontros e debates como esse deveriam ser estendidos para toda a população porque é muito difícil você combater o preconceito social, você é visto como louco quando mais precisa de ajuda e cada vez mais aumenta o número de pessoas que estão sofrendo com depressão, alcoolismo e outros tipos de drogas”, destacou. Conforme a coordenadora do CAPS, Claudiana Aniceto de Souza, uma equipe multi profissional disponibilizada pela Secretaria de Saúde composta por 14 profissionais atende mensalmente um número que chega a 250 pacientes. “Atendemos pessoas que nos são encaminhadas pelas unidades de saúde e também aqueles que nos procuram diretamente. Lá buscamos as causas do problema com o auxilio de enfermeira, médico, assistente social, psicóloga, psiquiatra e terapeuta ocupacional. Há um acompanhamento com medicação e também muita conversa para identificar as causas. São desenvolvidas muitas formas de terapias ocupacionais com os pacientes”, salientou. O encontro que discute novas alternativas e aborda a maneira como os pacientes são tratados atualmente se estende até às 18h de hoje. Para mais informações os interessados também podem procurar o CAPS na Avenida das Sibipirunas, 5782, no Jardim das Primaveras diariamente das 7h às 18h, ou ainda, entrar em contato pelo telefone 35111872.
