Foi comemorado nesta terça-feira (18), o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”. Em referencia a data em Sinop a Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Habitação…
Foi comemorado nesta terça-feira (18), o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”. Em referencia a data em Sinop a Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Habitação com o apoio das Secretarias de Saúde e Educação, Poder Judiciário e Polícia Civil, realizou um fórum para debater o tema. Aproximadamente 200 pessoas participaram do Fórum. O primeiro palestrante da noite, o promotor de Justiça da Infância e Juventude, Nelton Padovan tratou sobre os aspectos relevantes do abuso e da exploração sexual. Padovan apresentou quem é e como se comporta o pedófilo. “Outro ponto importante é identificar os indícios da violência nas crianças: choro fácil, medo inexplicável, irritabilidade ou agressividade excessiva são alguns sinais que os pais devem analisar”, destacou. Já o delegado da Polícia Civil, Joacir Batista dos Reis, discorreu sobre a atuação da Polícia Civil na erradicação do abuso e da exploração infanto juvenil. “Temos trabalhado a repressão aos crimes, mas também realizamos trabalhos de prevenção como palestras orientativas em escolas”, explicou. Segundo Joacir em 2009, 22 casos foram registrados. E desde o início do ano até o momento, mais três casos foram denunciados. “A grande maioria dos pedófilos está no circulo familiar, são pais, padrastos, tios, avôs ou amigos da família, pessoas em quem a criança deposita confiança”, alertou o delegado. Outra palestrante da noite, a psicóloga do Centro de Referencia Especializado de Assistência Social, (CREAS), Maria Angélica Dornelles Dias Souza abordou a atuação do CREAS frente à violência sexual infanto juvenil. Maria Angélica destacou que “Atualmente 25 casos são atendidos pelo CREAS em Sinop que realiza o acompanhamento com as vítimas e também presta assistência a todos os familiares envolvidos”. Conforme Maria Angélica o procedimento correto ao perceber índicos de violência é a procura pelos serviços do Conselho Tutelar. “O pessoal do Conselho faz o encaminhamento correto, realiza visitas, constata o que houve e encaminha para o Poder Judiciário que avalia cada situação e nos encaminha os casos para o acompanhamento. O processo de acompanhamento é lento, porque o abuso, a violência sexual deixam marcas extremamente profundas nas crianças que foram vítimas”, salientou. A presidente do Conselho Tutelar, Margarete de Fátima Geuda, salientou que “Também há o disque 100 que é nacional e não exige identificação para a realização da denuncia, então se alguém souber de algum caso e não quiser denunciar no Conselho pode usar o disque 100”. Para a secretaria de Assistência Social, Ivone Latanzi da Costa, a participação da população em eventos como esse é fundamental. “É através dessas ações que passamos a saber como agir em casos de violência. Nós precisamos estimular as pessoas a denunciar, a deixar de temer a realização da denuncia para que a Promotoria possa entrar em ação, investigar e para que possamos fazer um trabalho de reestruturação familiar visando a diminuição deste tipo de violência”, disse. Além do Fórum, a equipe do CREAS estará trabalhando o tema em oficinas especializadas. Ontem (19), a oficina foi realizada no Centro de Referencia e Assistência Social (CRAS) do Boa Esperança. Hoje (20), às 14h a discussão é no Jardim Paulista. Nos dias 21 e 22, com início previsto também para as 14h, as oficinas estão programadas para acontecer nos CRAS Palmeiras e Menino Jesus, respectivamente.